O padrasto de Daniel da Costa Silva, que não teve a sua identidade revelada, foi preso temporariamente nessa quinta-feira (16) após prestar um novo depoimento à polícia, na delegacia de Imperatriz, a 626 km de São Luís. Daniel da Costa é o principal suspeito de ter matado a ex-mulher dele, a empregada doméstica Patrícia Almeida Silva, de 34 anos.
Segundo a polícia, a prisão do padrasto de Daniel aconteceu para que os investigadores, responsáveis pelo caso, possam apurar se ele teve ou não participação na fuga do enteado. A polícia também está apurando se o padrasto esteve envolvido na ocultação do cadáver de Patrícia.
Ainda de acordo com a polícia, o padrasto de Daniel também está sendo investigado em uma possível fraude processual, já que o veículo envolvido no crime foi limpo. O padrasto deve cumprir 30 dias de prisão em regime fechado.
Polícia do MA procura suspeito
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Daniel da Costa Silva, ex-marido de Patrícia Almeida, está foragido. — Foto: Arquivo Pessoal
As Polícias Civil do Maranhão e do Pará estão realizando uma força-tarefa para tentar localizar e prender Daniel da Costa Silva, que tem 39 anos.
Daniel da Costa é apontado como autor do feminicídio. O suspeito foi visto pela última vez no distrito de Lindoeste, próximo a cidade de São Félix do Xingu, no estado do Pará. Mas o homem fugiu do local onde estava escondido, antes da chegada dos policiais de Imperatriz, que se deslocaram para a cidade paraense na última na segunda-feira (13).
No local onde Daniel estava escondido foi encontrada uma motocicleta, que teria sido usada pelo suspeito na fuga de Imperatriz, além objetos pessoais dele. Os policiais do MA e PA fazem abordagens em pontos estratégicos na região, onde Daniel foi visto pela última vez, para tentar prender o suspeito.
O desaparecimento
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Patrícia desapareceu após sair para trabalhar em Imperatriz — Foto: Divulgação
A empregada doméstica Patrícia Almeida Silva desapareceu no dia 4 de novembro. Segundo a família de Patrícia, ela sumiu após sair para trabalhar. A suspeita era que o ex-marido dela tivesse envolvimento no desaparecimento, pois a mulher tinha uma medida protetiva contra ele, por causa de ameaça e agressão.
Em julho deste ano, Patrícia Almeida registrou um Boletim de Ocorrência contra o ex-marido e conseguiu uma medida protetiva. A denúncia foi feita após o ex-marido de Patrícia abordar ela na rua, a colocar à força dentro do carro dele e, depois, a agredir fisicamente. O caso foi registrado por uma câmera de segurança.
Após constatar o sumiço de Patrícia, a família dela registrou um boletim de ocorrência. O caso passou a ser acompanhado pela Delegacia da Mulher e pela Delegacia Regional de Imperatriz. A polícia passou investigar se o ex-marido de Patrícia, que estava foragido por causa das agressões contra a vítima, tinha envolvimento no sumiço dela.
O carro do suspeito foi localizado pela Polícia Militar na zona rural de Davinópolis, também na região Tocantina, e foi enviado para a perícia, porque foram encontradas manchas que podem ser de sangue.
Além do vídeo de câmeras de segurança, que mostram Patrícia e o suspeito conversando no dia do desaparecimento, as manchas de sangue encontradas no veículo dele reforçam a linha de feminicídio, mas o delegado ainda aguarda o resultado da perícia no carro de Daniel.
Corpo encontrado
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O carro do suspeito foi localizado pela Polícia Militar na zona rural de Davinópolis, também na região Tocantina — Foto: Divulgação/Polícia
O corpo de Patrícia Almeida foi encontrado, no fim da tarde do dia 12 de novembro. O corpo foi encontrado por populares, em uma fazenda, no sentido Bananal, próximo a um centro de distribuição de uma rede de supermercados, na zona rural de Imperatriz.
O corpo de Patrícia foi encontrado por um homem que colhia frutas e acionou a polícia. As roupas, acessórios e um demonstrativo de pagamento ajudaram a identificar que se tratava da empregada doméstica.
Segundo informações do delegado Praxíteles Martins, da Delegacia de Homicídios de Imperatriz, o corpo estava em avançado estado de decomposição e foi reconhecido pelos familiares da vítima, que identificaram as roupas como sendo as mesmas usadas por Patrícia antes dela desaparecer.
No dia 13 de novembro, o Instituto Médico Legal (IML) confirmou que Patrícia havia sido assassinada com um tiro na cabeça.
fonte: G1 Maranhão