Na contramão do Brasil, Maranhão tem alta de assassinatos em 2023

Contrariando a tendência nacional de queda, o Maranhão teve uma alta no número de assassinatos em todo o ano de 2023, em comparação com o ano anterior. Os dados são do Ministério da Justiça e Segurança Pública e foram divulgados nesta quarta-feira (31).

No total, o Brasil registrou 40.464 homicídios dolosos (com intenção de matar), feminicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte, ante 42.190 em 2022, o que representa redução de 4%.

No entanto, o Maranhão teve uma alta de 1,8% nas mortes violentas, assim como os estados do Amapá (45,5%), Rio de Janeiro (6,1%), Pernambuco (5,3%) e Alagoas (2,2%). Sergipe foi o estado com maior redução: 22,9%.

Os dados não incluem as mortes decorrentes de violência policial – essas caíram 2,3%, de 6.445 para 6.296, segundo o ministro da Justiça, Flávio Dino. Mas, nesse mesmo período, esse índice teve aumento em 14 estados.

A divulgação dos dados nacionais de segurança foi antecipada pelo governo federal. O anúncio detalhado foi feito nesta quarta-feira (31), em evento que marcou o último compromisso público de Dino no cargo, já que ele assumirá em fevereiro uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).

g1 entrou em contato com o Governo do Maranhão para se explicar sobre o aumento no número de mortes violentas no estado, mas o governo não respondeu.

Menor valor da série histórica

O número de assassinatos de 2023 apresentado pelo ministério é o menor em 16 anos, se comparado à série histórica do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).

O Monitor da Violência, índice nacional criado pelo g1 em parceria com o FBSP e o Núcleo de Estudos da Violência da USP (NEV), aponta que as mortes violentas estão em tendência queda desde 2018.

Em agosto de 2023, o Monitor já havia mostrado que, no primeiro semestre, os assassinatos haviam caído 3,4% no país. Os dados para o ano completo ainda não foram divulgados.

Apesar da diminuição dos registros, especialistas do FBSP e do NEV ressaltam que os crimes contra a vida continuam em um patamar alto no Brasil.

fonte: G1 Maranhão

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