Mãe foi assassinada como ‘queima de arquivo’ após denunciar os autores da morte do filho, diz delegado

Segundo o delegado Herbster Santos, mãe e filho foram mortos pela mesma facção criminosa. Os homicídios ocorreram em setembro e outubro de 2023.

“O suspeito preso matou o Eduardo em razão de não aceitar dele trocar de facção criminosa. Poucos dias depois, a mãe da vítima foi assassinada pela mesma facção, como queima de arquivo, porque ela foi testemunha ocular e apontou quem seriam os responsáveis pela morte do filho, inclusive fez o reconhecimento deles”, revelou.

O homem de iniciais I.J.S.C, apontado como um dos autores do crime, estava em liberdade e rompeu a tornozeleira eletrônica. De acordo com o delegado, o suspeito teria voltado para o mundo do crime.

“Por muitas vezes ele conseguiu escapar do cerco policial. O I.J.S.C é envolvido com crimes contra o patrimônio, tráfico de drogas e duplo homicídio. No local onde ele foi preso encontramos drogas, dinheiro trocado, uma adolescente e outra pessoa envolvida por tráfico de drogas”, informou.

Rosa dos Santos Braga e seu filho, Eduardo Braga, foram assassinados na casa onde morava, num intervalo de pouco mais de um mês. Eduardo foi morto dentro de casa, em 20 de setembro, e sua mãe foi baleada na porta da residência, no dia 26 de outubro.

Segundo a PM, pelo menos duas pessoas invadiram a casa e atiraram contra Eduardo, de 28 anos. O rapaz tinha passagens por furto e tráfico de drogas e era suspeito de integrar uma facção criminosa da região.

Após a morte de Eduardo, no dia 18 de outubro, aconteceu a Operação Tânatos, em que quatro pessoas foram presas suspeitas de participar do assassinato. Segundo a Polícia Civil, os suspeitos são membros de facções criminosas, e são investigados também pelo crime de tortura.

Menos de duas semanas depois, Rosa dos Santos, de 45 anos, foi morta quando chegava em casa, em uma motocicleta. Ela foi atingida por um tiro na cabeça, e faleceu antes da chegada de equipes de socorristas.