O Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) autuou 12 presos pelas mortes de Iwalks da Silva Santos e Alessandro Krysttyan da Silva Santos Passos. Os homens irão responder por homicídio qualificado e fraude processual.
Eles foram mortos dentro das celas 11 e 12 do pavilhão G da Penitenciária Prof. José de Ribamar, antiga Casa de Custódia de Teresina, no sábado (23). O motivo teria sido o fato de Iwalks e Alessandro estarem mantendo contato com membros de uma facção rival.
Conforme o coordenador do Departamento, delegado Francisco Costa, o Barêtta, os suspeitos do crime (nomes abaixo) teriam matado os dois colegas de cela após ordem de membros de uma facção da qual os dois eram membros. A participação de cada um ainda será apurada individualmente
- Jose Henrique Silva Rodrigues (suspeito roubo);
- Willamar Fernandes da Costa (suspeito de roubo, tráfico de drogas e associação criminosa);
- Mateus de Sousa Lima (suspeito de roubo);
- Fagner Vale de Carvalho (suspeito de roubo, homicídio, tráfico de drogas, duplo homicídio, de participar do assassinar mulher e de outros homicídios);
- Augusto Ivan Ferreira Abade (suspeito de violência doméstica, tráfico de drogas e roubo; em fevereiro fugiu da penitenciária de Bom Jesus);
- Sérgio Reis Rocha da Silva (suspeito de homicídio, roubo);
- Heverton Cali Nunes da Costa (suspeito de roubo);
- Matheus Henrique Ferreira da Silva (condenado a 20 anos por latrocínio);
- Josué Cesar Pimentel Barroso (suspeito de receptação, falsidade ideológica, roubo, latrocínio);
- Francisco Diego da Costa Correia (suspeito de porte ilegal de arma de fogo, tráfico de drogas, roubo);
- Fábio Silva da Costa (suspeito de trafico de drogas);
- Iuren Henrique dos Santos Ferreira (condenado a 18 anos por homicídio e condenado a 22 anos de prisão por latrocínio, suspeito de posse ilegal de arma de fogo, investigado por três homicídios e tráfico).
Conforme Barêtta, o médico legista constatou que os presos foram mortos com um tipo de mata-leão, e também “pisões” (chutes) no pescoço, destacando que inclusive um deles estava com a mandíbula quebrada.
“E aí o médico simplesmente não teve dúvida de que realmente foi um homicídio. Foi coletado material genético dos presos e também dos mortos, para fazer uma comparação, e ficou efetivo. Ficou evidenciado que eles alteraram o local dos fatos, lavaram o corpo, lavaram a cela, porque teve sangue, eles lavaram, então eles foram atuados em flagrante por homicídio qualificado e fraude processual”, destacou o delegado.
Com os casos deste sábado (23), somam-se três mortes na penitenciária em três meses e quatro, no total, no sistema prisional piauiense. Veja detalhes.
As mortes
Os dois detentos foram encontrados mortos em celas separadas, 11 e 12, do pavilhão G da penitenciária. Em média, cada cela tinha cerca de sete presos, contando com as vítimas. As mortes ocorreram por volta das 5h.
O presídio, que tem pouco mais de 330 vagas, abriga hoje mais de 1070 detentos. Em todo o sistema prisional piauiense, há 6.573 presos e 994 em Monitoramento Eletrônico. Os dados são do Sindicato dos Policiais Penais do Estado.
Quatro mortes em três meses no PI
A última morte registrada no sistema prisional piauiense teve como vítima o preso identificado pelas iniciais M.F. e aconteceu no dia 31 de janeiro deste ano, no presídio Dom Abel Alonso Nuñez, em Bom Jesus, Sul do Piauí. O suspeito é Victor Gabriel de Paula Nunes, de 22 anos, que estava preso pelos homicídios de seu pai e sua mãe.
Exatamente um mês antes, em 31 de dezembro, Francisco Rafael Veras, 24 anos, condenado por estupro de vulnerável, foi encontrado morto na penitenciária Prof. José de Ribamar Leite, em Teresina.
FONTE: G1 PIAUÍ