Em Codó, um clima de desconfiança e indignação paira sobre a tentativa de cassação do prefeito Dr. Zé Francisco, em vias de ser julgada pela Câmara Municipal. Desde o dia 7 de outubro, apenas um dia após as eleições municipais, o prefeito passou a ser alvo de um movimento que muitos consideram uma caça política, liderada por antigos aliados que romperam com ele em momento oportuno. A comunidade questiona: por que tamanha urgência em removê-lo do cargo a menos de um mês do término de seu mandato?
A celeridade do processo, conduzido pelo presidente da Câmara, vereador Antônio Luz, e pelo vereador Leonel Filho, ambos aliados do grupo político vencedor das eleições, chama atenção. O objetivo aparente é empossar o vice-prefeito Camilo Figueiredo, filho do ex-prefeito Biné Figueiredo e membro do grupo de oposição. A justiça inicialmente interrompeu a tentativa de cassação, mas uma liminar do Tribunal de Justiça do Maranhão reabriu caminho para a votação, marcada para 9 de dezembro. Este cenário reforça a percepção de que há interesses mais amplos e obscuros em jogo.
As ruas de Codó se agitam com tantas especulações. Entre os rumores, ganha força a ideia de que o prefeito dr. Zé Francisco está sendo estrategicamente removido do cenário político por representar uma ameaça real ao grupo vencedor. Com quase 28 mil votos na última eleição e uma derrota apertada de 1.689 votos, sua força política é vista como perigosa para os adversários, especialmente diante de futuras disputas eleitorais.
Diante desse cenário, o sentimento de decepção e desconfiança é evidente entre os cidadãos codoenses. Muitos enxergam no processo de cassação não um ato de justiça, mas um mecanismo de vingança política e eliminação de rivais. O episódio levanta questões profundas sobre ética, transparência e o real compromisso dos atores políticos com os interesses da população. A resposta definitiva, porém, só virá com o desfecho dessa polêmica sessão.