Vereador e médico estão entre os 12 intoxicados por refrigerante em posto de saúde

A Polícia Civil de Santa Catarina investiga um possível caso de envenenamento que deixou doze servidores de um posto de saúde de Santa Cecília, no Planalto Norte, intoxicados após um café da tarde na última terça-feira (21). O grupo apresentou sintomas como vômitos, tontura, sonolência, inchaço abdominal e dificuldade para se comunicar. Entre as vítimas estavam médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, farmacêuticos, recepcionistas e funcionários de serviços gerais. Todos foram hospitalizados e receberam alta no último sábado (25), mas seguem sob acompanhamento médico e psicológico.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, os relatos chamaram atenção pela semelhança dos sintomas. Alguns servidores afirmaram não se lembrar do que aconteceu, enquanto outros relataram lapsos de memória e sensação de pressão na cabeça. Uma das vítimas chegou a relatar extremo cansaço, dizendo que “onde eu me encosto, eu durmo”, descrevendo a sonolência intensa após ingerir a bebida.

O médico José Antebi, responsável pelo atendimento das vítimas, informou que alguns pacientes receberam alta, mas voltaram a apresentar sinais de intoxicação, precisando ser internados novamente. Entre os afetados estava um vereador de Santa Cecília, que precisou ser transferido para outro município devido à gravidade do quadro.

A investigação preliminar aponta que a suspeita do crime é uma mulher, tia de um ex-servidor da Secretaria de Saúde afastado desde o início de outubro após denúncias de assédio e importunação sexual feitas por funcionárias da unidade. Segundo a polícia, o refrigerante consumido durante o café foi levado por ela. A principal linha de investigação é de que a intoxicação teria sido uma retaliação ao afastamento do sobrinho.

Câmeras de segurança registraram a suspeita entrando na unidade com uma garrafa de dois litros de refrigerante pouco antes do café. Ela e o sobrinho foram presos. Durante buscas em sua residência, a polícia encontrou uma arma de fogo, e a mulher foi autuada também por posse irregular.

A Vigilância Sanitária interditou temporariamente a cozinha usada pelos servidores, que fica em área separada do atendimento ao público, para perícia e limpeza. A Polícia Científica realiza exames nos alimentos e bebidas recolhidos para identificar a substância utilizada, enquanto a prefeitura reforçou a supervisão nas unidades de saúde da cidade e orientou os servidores sobre medidas preventivas. A secretaria ainda informou que está acompanhando o estado de saúde de todos os funcionários e reforçando apoio psicológico devido ao trauma causado pelo incidente.

FONTE: PORTAL O INFORMANTE

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