Os rodoviários do transporte público iniciaram uma greve desde as primeiras horas desta terça-feira (6) na Grande São Luís.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Maranhão (STTREMA) a decisão aconteceu após o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET) oferecer uma contraproposta com redução do valor do ticket alimentação, não assegurar a manutenção do plano de saúde e não ofertar qualquer percentual de reajuste nos salários, enquanto a categoria quer garantir todos esses direitos. De acordo com os rodoviários, o movimento grevista ocorrerá por tempo indeterminado.
Nessa segunda (5) o desembargador Francisco José de Carvalho Neto, do Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (TRT-16) determinou que 50% da frota dos coletivos circulasse na Ilha de São Luís durante o período da paralisação. Em caso de desobediência, será aplicada uma multa diária no valor de R$ 30 mil ao STTREMA.
Além disso, o TRT-16 decreta também a proibição de atos de vandalismo ou qualquer prática que impeça a prestação do serviço de transporte público na Grande Ilha de São Luís, como operações “tartaruga”, “catraca livre” ou piquetes, também sob pena de multa diária de R$ 30 mil.
Na tarde desta terça está marcada, a partir das 14h, na sede do Ministério Público do Trabalho no Maranhão (MPT-MA), na capital, uma reunião entre o STTREMA e o SET para debater a Convenção Coletiva de Trabalho de 2024 e o possível fim do movimento grevista.
Por conta da greve dos rodoviários, que foi deflagrada nas primeiras horas desta terça-feira (6), os usuários do transporte coletivo estão sendo obrigados a buscar alternativas para não deixar de cumprir os seus compromissos.
Dentre os meios de transportes alternativos utilizados pelos passageiros estão vans, mototáxis e transporte por aplicativo. Além disso, há empresas fretando ônibus para buscar seus funcionários, em meio a greve de motoristas e cobradores do transporte público que atende a capital São Luís e a Região Metropolitana, que é formada pelas cidades de São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa.
Enquanto isso, os terminais de integração estão completamente desertos, um cenário considerado anormal ao da rotina vivenciada diariamente pela capital maranhense.
FONTE: G1 MARANHÃO