O Piauí é o 4º estado com menor percentual de moradores com esgotamento sanitário adequado no Brasil e apenas 18% da população local possui fossas adequadas nas residências, segundo dados do Censo Demográfico 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta sexta-feira (23).
Conforme o estudo, em 2010, o esgotamento sanitário dos domicílios, rede pluvial ou fossa, atendia apenas 6,65% da população piauiense, um equivalente a 206 mil pessoas.
Em 2022, o número quase triplicou, indo para 595 mil pessoas, um aumento de 174%. No entanto, mesmo com o crescimento considerável, apenas 18% da população do Piauí conta com fossa ligada à rede.
Ainda conforme o Censo, boa parte dos piauienses contam com outras formas de esgotamento, como a fossa séptica ou fossa filtro não ligada à rede, que atende 28,21% da população, fossa rudimentar ou buraco, com 43,98%, rio, lago, córrego ou mar, atendem 0,43% dos moradores e outra forma, 2,19%.
O estado ganha do Maranhão, que conta com 16,54% da população atendida com esgotamento sanitário, Rondônia com o percentual de 13,29%. O Amapá alcançou o primeiro lugar com 10,95%.
A pesquisa aponta ainda que 5,03% dos moradores do Piauí não possuem banheiro e sanitário.
Esgotamento sanitário por fossa séptica considerado adequado
Além da fossa ligada à rede, o Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB) também considera adequado esgotamento sanitário, fossa séptica ou fossa filtro não ligada à rede geral.
Dessa forma, a junção da população atendida por esgotamento sanitário considerado adequado, tanto pela rede geral como por fossa séptica, atingiu em 2022 cerca de 46,47% da população piauiense.
Esgotamento sanitário adequado em Teresina chega a 39%
Em Teresina, a proporção de moradores de Teresina com a acesso a esgotamento sanitário é de 39%, o equivalente a cerca de 336 mil moradores, conforme o Censo 2022.
Na pesquisa realizada em 2010, o percentual era de somente 17,90%, com cerca de 145 mil pessoas atendidas com esgotamento.
Pretos e pardos são maioria dos que vivem sem esgoto adequado
O Brasil tinha, em 2022, 49 milhões de pessoas vivendo em lares sem descarte adequado de esgoto, apontam dados do Censo 2022 divulgados nesta sexta-feira (23).
Esse número equivale a 24% da população brasileira. Entre os pretos e pardos – grupos que compõem pouco mais da metade da população brasileira – o percentual sobe para 68,6%.
- Pardos são 45,3% da população brasileira, e 58,1% dos sem esgoto adequado
- Brancos são 43,5% da população brasileira, e 29,5% dos sem esgoto adequado
- Pretos são 10,2% da população brasileira, e 10,4% dos sem esgoto adequado
- Indígenas são 0,8% da população brasileira, e 1,7% dos sem esgoto adequado
- Amarelos são 0,4% da população brasileira, e 0,1% dos sem esgoto adequado
FONTE: G1 PIAUÍ