O jovem maranhense Paulo Gouveia, de 27 anos, foi escolhido para ser um dos representantes do Brasil em um evento do voluntariado juvenil da Organização das Nações Unidas (ONU) em Bogotá, na Colômbia. A iniciativa acontece entre os dias 7 a 10 de novembro e terá como foco voluntariado, liderança e interculturalidade.
Natural de Viana, cidade a 217 km de São Luís, Paulo Gouveia foi selecionado para representar o país devido seu trabalho como voluntário local no Projeto Floresta+ Amazônica, que trabalha com a conservação do ecossistema e que beneficia comunidades locais que integram a área.
Ao g1, Paulo Gouveia afirmou que está orgulho e realizado com a oportunidade de representar o Brasil e o Maranhão no evento internacional. Para ele, essa é a oportunidade de continuar fazendo um trabalho ainda mais impactante na comunidade onde ele atua.
“Ser voluntário da ONU é uma experiência única. Eu me sinto gratificado por poder contribuir para as causas globais importantes, como o desenvolvimento sustentável. Tenho também um sentimento de orgulho e realização pessoal. Ser voluntário gera dentro de mim um senso de realização ao ver o impacto direto do nosso trabalho na vida das pessoas e das comunidades no Brasil, mas precisamente no Maranhão’’, ressaltou Paulo.
O maranhense trabalha como voluntário no Projeto Floresta+ Amazônica, que tem como foco a conservação do ecossistema e que beneficia comunidades locais que integram a área. — Foto: Divulgação
Além de Paulo, outros seis voluntários também participarão do evento e estarão representando o Brasil. A escolha foi feita baseada com o compromisso deles na promoção do desenvolvimento sustentável e bem-estar do planeta.
Ao todo, o país possui 56 voluntários que da ONU que atuam diretamente em projetos de dentro da organização. Cerca de 20 deles, como é o caso de Paulo, fazem parte do Projeto Floresta+ Amazônia – iniciativa do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA).
O workshop também vai reunir jovens voluntários da ONU de 15 países da América Latina, incluindo Venezuela, México, Bolívia, Paraguai, Argentina, Colômbia, Equador, Guatemala, Honduras, Panamá, Costa Rica, Peru, Nicarágua e El Salvador.
Para Paulo, a presença da juventude em eventos importantes à nível internacional é uma oportunidade desta parcela da população em seguir engajando e educando outras pessoas, sobre a importância da Amazônia para o clima, a biodiversidade e as comunidades locais.
“A juventude pode desempenhar um papel crucial no engajamento e na contribuição para a preservação e sustentabilidade da Amazônia. Podemos educar a nós mesmos e aos outros sobre a importância da Amazônia para o clima global, a biodiversidade e as comunidades locais. Isso pode ser feito por meio de campanhas de conscientização, palestras, eventos e mídias sociais’’, ressaltou Paulo ao g1.
Evento acontece entre os dias 7 a 10 de novembro em Bogotá, na Colômbia — Foto: Divulgação
Programa de voluntários
Criado em 1970, na Assembleia Geral da ONU, o programa de voluntários funciona como uma cooperação para o desenvolvimento e tem como objetivo, promover o voluntariado para a paz. A ideia é apoiar iniciativas, entre ajuda mútua, filantropia e campanhas, com a agenda defendida pela ONU.
O programa mobiliza voluntários para atuar em projetos de desenvolvimento dos seus parceiros que podem variar entre organismos da ONU, governos e a sociedade civil. Os voluntários são recrutados para atuar em projetos humanitários, programas eleitorais e missões de paz.
Sobre o Projeto Floresta+ Amazônia
O projeto Floresta+ Amazônia é uma iniciativa do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), e conta com o apoio do Fundo Verde para o Clima (GCF). A iniciativa está organizado nas modalidades de conservação, recuperação, comunidades e inovação.
Dentro da iniciativa, são executados projetos que beneficiam diretamente as comunidades locais. O público-alvo do projeto inclui produtores rurais, povos indígenas, ribeirinhos, extrativistas e quilombolas que vivem na região da Amazônia, com ênfase na integração das mulheres e das juventudes locais.
FONTE: G1 MARANHÃO