O Maranhão foi autorizado a suspender a vacinação contra febre aftosa em todo o estado a partir de 2024. Com essa mudança, o Maranhão vai sair do status de zona livre de aftosa para zona livre sem vacinação.
A decisão foi dada pela equipe gestora do plano estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA), durante reunião nacional na última quinta-feira (23).
De acordo com a Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged-MA), a conquista do status de zona livre da doença sem vacinação vai possibilitar abertura de mercado para a cadeia produtiva do gado e de seus produtos e subprodutos.
Os próximos passos para validação desse novo status sanitário do Maranhão vai incluir uma última etapa de vacinação durante o mês de abril de 2024 e uma série de estudos soroepidemiológicos para habilitar o estado para zona livre da doença sem vacinação.
“O Estado se empenhou muito em desenvolver ações significativas para que estivéssemos, hoje, preparados para a suspensão da vacina. É uma conquista que culmina com anos de trabalho. O próximo passo é seguirmos alinhados com o compromisso assumido pela vigilância, de forma que avancemos no status sanitário do Maranhão”, avaliou o governador Carlos Brandão.
A Aged-MA, responsável pelas ações do programa de vigilância em todo estado, vai aguardar as demais diretrizes do Ministério da Agricultura e Pecuária para validação do novo status e, posteriormente, obtenção do reconhecimento internacional a ser conferido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).
De acordo com o presidente da Aged, Cauê Aragão, o produtor maranhense tem importante papel na conquista desse novo status sanitário, ao imunizar os animais durante as campanhas de vacinação, com índices acima de 90%, conforme preconizado pelo Ministério da Agricultura.
“Esse resultado é uma conquista desta sólida parceria com o criador maranhense que sempre cumpriu seu papel ao vacinar os rebanhos. Obtivemos a primeira conquista de zona livre de aftosa com vacinação em 2014 e 10 anos depois vamos para o status de zona livre sem vacinação”, celebrou.
A Aged informou que os produtores devem ficar atentos aos prazos da vacinação e de comprovação da vacina nesta segunda etapa da campanha, que vão até dia 30 de novembro e 15 de dezembro deste ano, respectivamente. A comprovação deve ser feita nos escritórios da Aged onde o produtor tem a propriedade cadastrada ou fazer online pelo Sigama, no site da Aged.
É importante que o produtor continue a vacinar o rebanho e a cumprir junto com o Serviço Veterinário Estadual, desempenhado pela Aged, as diretrizes que virão do Ministério da Agricultura para que o novo status sanitário seja reconhecido nacionalmente e internacionalmente.
fonte: G1 Maranhão