O laudo cadavérico do Instituto Médico Legal (IML), concluído sexta-feira (10), revelou que a menina de 7 anos encontrada morta junto com os avós na zona rural de Teresina foi estuprada antes de ser morta, a pauladas. Segundo o delegado Francisco Costa, o Baretta, os idosos tentaram defender a criança mas foram assassinados a facadas e pauladas pelo suspeito, Clenilson Sousa Santos, preso nessa quarta (8).
O g1 não conseguiu contato com a defesa de Clenilson Sousa para comentar o caso.
A menina Ana Sofia, de 7 anos, e seus avós, Maria de 77 e João Francisco, de 68 anos, foram assassinados a pauladas e golpes de faca dentro da casa onde moravam no povoado Cajaíba, na zona rural de Teresina.
Segundo o delegado Baretta, coordenador do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), o avô de Ana Sofia, João Francisco de Souza, foi morto após flagrar o suspeito cometendo o estupro. A avó de Ana Sofia, Maria dos Santos, também tentou fazer defender a neta e foi esfaqueada nos braços, rosto e tórax.
“O laudo da pericia e a investigação criminal aponta que Clenilson entrou na madrugada de segunda na casa dos idosos com uma lanterna e um pedaço de madeira de 90 centímetros e foi sorrateiramente ao quarto da criança. Ao ouvir os gritos da neta sendo violentada, o avô da menina entrou no quarto e tentou impedir o suspeito. Clenilson o golpeou com a faca em seu pescoço, quase o degolou”, explicou o delegado.
Todas as vítimas, segundo o delegado, também foram espancadas com o pedaço de madeira. A criança teve o rosto desfigurado pela violência dos golpes.
Segundo o delegado Baretta, o crime foi premeditado, e Clenilson Sousa Santos, suspeito do crime, já teria tentado estuprar a criança outra vez, ainda quando morava na casa com a família.
Ainda segundo o delegado, Clenilson confessou os assassinatos em seu depoimento à polícia e disse que sentia raiva da família por ter o expulso de casa e pela filha do casal de idosos, mãe da menina estuprada, ter terminado o relacionamento com ele. Mas não confessou que tenha cometido estupro.
A prisão preventiva de Clenilson foi decretada na tarde desta sexta-feira (10). Ele deve responder pelos crimes de homicídio e estupro de vulnerável. A Polícia Civil tem 10 dias para concluir o inquérito.
Prisão
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/o/j/9opy0LTzG5vTnNOf7ckw/whatsapp-image-2025-01-08-at-15.50.32.jpeg)
Clenilson Sousa Santos, suspeito de assassinar uma garota de sete anos e os avós dela em Teresina, confessou o crime após ser preso em flagrante, na tarde de quarta-feira (8). Segundo a Polícia Civil do Piauí, ele matou as vítimas porque foi expulso da casa delas, onde morou por seis meses, após furtar um parente dos idosos.
De acordo com o delegado Barêtta, o suspeito tinha um relacionamento com a mãe da criança. Os dois se conheceram em um abrigo para dependentes químicos na capital e, quando saíram, ela o levou para a casa dos idosos.
As vítimas do triplo homicídio se chamam:
- João Francisco de Souza Lemos, de 68 anos;
- Maria dos Santos de Souza Lemos, de 77 anos;
- Ana Sofia da Silva Lemos, de 7 anos.
Depois de ser expulso, Clenilson se mudou para uma casa em frente à residência dos idosos, onde ficou por dois meses. Segundo a polícia, ele planejou o crime e o executou na madrugada da última segunda-feira (6). A mãe da criança, segundo o delegado Baretta, é usuária de drogas e não tem residência fixa.
“Ele confessou o crime, com todos os detalhes. Entrou na casa durante a noite, pegou uma lanterna da residência e foi logo no quarto da criança. Quando estava lá, já matando ela, foi surpreendido pelo senhor [avô da garota]”, contou o delegado Barêtta.
Após os assassinatos, o suspeito relatou à polícia que fez uma espécie de “ritual” em que levantou as mãos ao céu. A polícia apreendeu, na casa em que o crime aconteceu, a lanterna utilizada por ele, um pedaço de pau e duas facas. O material genético encontrado na lanterna coincide com o dele.
Ainda segundo Barêtta, Clenilson é suspeito de outros dois homicídios no Maranhão e no Ce
FONTE: G1 PIAUÍ