O governo do Irã prometeu uma resposta dura ao ataque aéreo lançado por Israel na madrugada desta sexta-feira (13), que teve como alvos instalações nucleares em território iraniano.
O líder supremo do país, aiatolá Ali Khamenei, afirmou que Israel enfrentará “um destino amargo e doloroso” pela ofensiva, que também foi atribuída, indiretamente, aos Estados Unidos.
“Esse crime não ficará impune. A mão poderosa das Forças Armadas da República Islâmica não os deixará passar ilesos, se Deus quiser”, declarou Khamenei.
Para ele, a ação militar revelou a “natureza perversa” de Israel e teve como consequência a morte de comandantes militares e cientistas nucleares iranianos.
Ainda segundo o líder supremo, os substitutos desses profissionais já estão prontos para dar continuidade ao programa nuclear.
Na televisão estatal, o porta-voz das Forças Armadas iranianas, general Abolfazl Shekarchi, acusou diretamente os Estados Unidos de envolvimento no ataque.
O governo americano, por sua vez, negou qualquer participação direta na operação. Em pronunciamento, o secretário de Estado Marco Rubio declarou que a ofensiva foi uma ação unilateral de Israel.
“Fomos informados previamente, mas não participamos. Nossa prioridade agora é proteger as tropas americanas posicionadas na região”, disse. Rubio também pediu que o Irã não ataque bases ou alvos dos EUA em retaliação.
O ataque israelense ocorreu no contexto da crescente tensão entre os dois países e da suspeita de que o Irã esteja em estágio avançado na construção de armas nucleares.
Um alto oficial de Israel afirmou que Teerã já possui material suficiente para fabricar até nove bombas atômicas.
Segundo o governo israelense, o principal alvo da ofensiva foi a usina de Natanz, considerada o coração do programa iraniano de enriquecimento de urânio.
Em pronunciamento divulgado logo após os bombardeios, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que cientistas envolvidos no projeto também foram alvejados.
“Estamos em um momento decisivo na história de Israel”, disse Netanyahu. O premiê reafirmou que os ataques continuarão “por quantos dias forem necessários” para conter o que chamou de “ameaça iraniana à própria sobrevivência de Israel”.
Diante do risco de represálias, o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, declarou estado de emergência no país e determinou o fechamento do espaço aéreo como medida de segurança.
As explosões provocadas pelo ataque foram registradas em Teerã e em outras cidades iranianas, aumentando ainda mais a tensão no Oriente Médio.
A escalada militar entre os dois países gera preocupação internacional, especialmente diante das implicações para a estabilidade da região.
FONTE: PORTAL O INFORMANTE