CODÓ: Um encontro inusitado na terra dos políticos Camaleônicos

Era um sábado ensolarado em Codó, uma cidade famosa por suas reviravoltas políticas. O governador Carlos Brandão veio fazer uma visita ao município. Mas antes de adentrar no coração político da cidade, ele desceu do céu no aeroporto do grupo FC. Afinal, é sempre importante agradar a todos os lados, mesmo que isso signifique um tiro no pé. Não custa lembrar que da última vez que Brandão esteve em Codó, a comitiva do prefeito Zé Francisco foi barrada e impedida de entrar no local de pouso dos “FC”.

Após a descida, o governador foi convidado pelo prefeito Zé Francisco para ir à sua casa para um encontro mais reservado. E assim, a comitiva política se reuniu para um bate-papo: Zé francisco, Biné Figueiredo, Zito Rolim e, é claro, o governador Carlos Brandão. Ah, mas estava faltando alguém… O pobre Chiquinho Oliveira, abandonado do lado de fora, parecendo um cãozinho sem dono. Que situação! Será que ele não tinha o mesmo pedigree dos outros?

Por um gesto nobre, o prefeito Zé Francisco chamou Chiquinho Oliveira para sentar à mesa com os demais. Afinal, ali estava um encontro histórico, mais improvável que cair neve em Codó. Biné, Zito e Chiquinho, ex-inimigos mortais, agora partilhando o mesmo espaço e saboreando alguns petiscos. Quem diria?

E de lá foram todos para o parque Walter Zaidan, onde aconteceria o lançamento da 49ª EXPOCODÓ. O ambiente se encheu de constrangimento quando se percebeu que, no mesmo palanque, estavam os ex-prefeitos e/ou representante de outro que juntos somaram 20 anos de governo em Codó. Um verdadeiro trio de mandatos, mais longevo que a durabilidade de uma lata de sardinha.

Biné Figueiredo foi o escolhido para discursar em nome de todos, inclusive em nome de Francsico Nagib. Parece que até a função de orador público é rotativa nessa cidade. Biné, sem jeito, preferiu falar em nome de Camilo, seu filho, um verdadeiro malabarismo político, que, aliás, parece ser uma modalidade olímpica em Codó.

Mas eis que surge a pergunta: por que Chiquinho Oliveira não discursou em nome de seu próprio filho Francisco Nagib? Seria medo? Vergonha? Talvez por ter apoiado o adversário de Carlos Brandão na eleição passada? Ah, as reviravoltas políticas de Codó são como montanhas-russas, sempre com emoção garantida.

E o ápice do humor aconteceu quando o governador, em seu discurso, mencionou a inauguração do parque Walter Zaidan, que ficou desamparado por 20 longos anos. Coincidentemente, o mesmo período em que o grupo político presente no palanque governou a cidade. Será que eles não viram a ironia dessa situação? Parece que a memória política em Codó é tão volátil quanto a fidelidade partidária.

No meio desse cenário de política camaleônica, há um político que conseguiu realizar muita coisa em pouco tempo. Zé Francisco assumiu a prefeitura há dois anos e meio e já fez mais do que se esperava. Ele é como um arquiteto, construindo pontes em meio a tantas desavenças políticas.

E assim, em meio a risadas, ironias e lembranças, a EXPOCODÓ aconteceu, reunindo ex-inimigos no mesmo palanque, comendo do mesmo petisco e, quem sabe, costurando alianças inesperadas. É Codó, terra de política incerta, onde até os micos políticos são aplaudidos em meio a tantos aplausos políticos. O circo nunca termina, e os palhaços… bem, os palhaços somos todos nós!

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