Advogado morto no Centro do Rio foi monitorado por suspeitos por 3 dias antes do crime

Antes de ser executado com vários tiros no Centro do Rio, em 26 de fevereiro, o advogado Rodrigo Marinho Crespo foi seguido por pelo menos outros 3 dias.

Nesta segunda-feira, a Polícia Civil do RJ iniciou uma operação para prender 2 envolvidos no crime: o policial militar Leandro Machado da Silva e Eduardo Sobreira Moraes. Segundo as investigações da Delegacia de Homicídios da Capital, o PM alugou um dos Gols brancos usados na empreitada, e Eduardo era o responsável por vigiar Crespo.

De acordo com os investigadores, o Gol branco placa RKS 6H29 foi flagrado, além da manhã do dia do assassinato, próximo ao prédio de Rodrigo nos dias 22, 24 e 25 de fevereiro.

A partir do relato de testemunhas, a polícia identificou que Eduardo Sobreira Moraes, de 47 anos, um dos suspeitos investigados, esteve próximo à residência de Rodrigo em, pelo menos, duas ocasiões: no sábado dia 24 de fevereiro e na manhã da segunda do dia 26, dia do crime.

A vítima foi assassinada com diversos disparos de pistola nove milímetros na Avenida Marechal Câmara, no Centro do Rio. Rodrigo trabalhava em um escritório em frente ao local do crime, que fica a poucos metros das sedes do Ministério Público Estadual do Rio, da Defensoria Pública e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seccional Rio.

Ele havia descido com um sobrinho para lanchar. Enquanto se deslocavam pela avenida, um homem encapuzado desceu da parte de trás de um dos veículos e começou a atirar contra o advogado.

No local, os peritos arrecadaram 18 estojos de cápsulas, o que pode indiciar a quantidade de disparos efetuados pelo autor. A vítima apresentava ao menos 21 perfurações, entre entradas e reentradas (quando a bala entra no corpo, sai e entra de novo).

Carro clonado

O carro de placa RTP-2H78 foi apreendido no último sábado (2) em Maricá, Região Metropolitana do Rio. Os agentes descobriram que o veículo pertence à uma locadora de automóveis, localizada na Zona Oeste do Rio.

Após a ação, o VW/Gol foi devolvido no dia 29, três dias depois do homicídio. Quando os policiais receberam a informação de que ele estaria circulando por Maricá, o encontraram já em posse de um novo cliente, que havia alugado na última sexta-feira (1).

O outro automóvel utilizado no crime, onde estavam ao menos um motorista e o executor, segue procurado pela polícia. Ao longo das investigações, os policiais descobriam que o Gol branco, de placa RKS-6H29, possui outros dois clones circulando pelo Rio de Janeiro.

O verdadeiro e um dos clones já foram encontrados pela Delegacia de Homicídios. O clone já está apreendido.

FONTE: G1 GLOBO

OUTRAS NOTÍCIAS: